sábado, 11 de junho de 2011
Cruzes.
Cruzes. Para todos os lados dá para enxergá-las, despontando de ombros calejados e feridos pelo destino cruel. São feitas por mãos de ferros e línguas charlatãs, que por diferenças mínimas são usadas para calar uma minoria.
O exército vem com armas de ponta e astúcia do mal, corajosos mal-feitores, horríveis hipócritas.
O mar dos prazeres é enfim aberto, e as regras julgadoras são lançadas a fim de aprisionar os gananciosos. Esses por sua vez agarram de corpo e alma tudo o que lhe oferecem e obedecem a absurdas contradições de si mesmo para terem o que querem. Mas realmente, o que essas pessoas mais temem é a morte, e o que mais almejam é o prêmio que lhe oferecem sem ao menos possuí-lo, o dom da vida eterna, e nesse emaranhado de petições e mentiras o abandono é inadmissível e sua conseqüência é irrevogável.
Essas pequenas verdades em volta de grandes mentiras transformam pessoas, retira seus sonhos e as tornam incrivelmente iguais, e quem é diferente punido é por apenas ser ele mesmo.
Eles esquecem que existiu um diferente, um indivíduo peculiar e único que apesar de não fazer diferença entre pessoas sabia reconhecer cada um da maneira como esse é. Eles olvidam que existiu um ser amoroso e comedido em suas palavras que pediu para que os que cressem nele seguissem seus passos. Ele nunca pediu que o imitasse, que é bem diferente de se espelhar, ele queria simplesmente que as pessoas fossem justas, amorosas e pacíficas, queria tirar o mau julgador de suas bocas e colocar o bem acolhedor no lugar. Eles não seguem o Jesus que pregam, e naquele dia posso vê-lo dizendo que não conhece essas pessoas apesar de terem lhe dirigido palavras várias vezes. Eles deixaram no fundo da memória a face do mau e o segue sem culpa por conta disso, fazendo as cruzes que vemos por aí, as cruzes da opressão, do medo, da angústia, do ódio, da morte de almas...
Heliaz dos Santos Shauon.
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