segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Perfeição.



Preciso impor minha personalidade diante das pessoas, posso parecer forte, mas ainda me grudo nos estereótipos. Antes de todos, eu me julgo, me critico, me obrigo a fazer coisas que na verdade não condiz com minha reputação.
Prefiro sair “impecável” em roupas e cabelo do que mostrar quem sou realmente, coisa realmente inexplicável. Luto contra tudo isso, contudo há uma busca maior dentro de mim, uma ânsia de apurar o destino, de tirá-lo de sua função e considerá-lo incapaz.
Tenho tanto apego ao físico que meus sentimentos não fluem direito, sou tão enojado comigo mesmo, tão insatisfeito, inseguro. Chego ser insuportável a mim, minha cadeia de chumbo me prende e grilhões de formalidade me impedem de ser livre.
Esse futuro incerto que me trouxe até aqui me deixou assim. Conheci tantas pessoas estranhas, que roubaram parte de mim, que às vezes culpo o destino de não ser acaso.
Súplicas são transformadas em simples silêncio, não há como descrever, desabafar. O desejo é tão venenoso que nos impede de ver que a naturalidade não funciona assim, é uma troca de respostas, onde, se erro, vem a mim outra resposta insatisfatória. A natureza não pergunta, ela faz, e ao adaptarmos a isso veremos que ela funciona plenamente bem e abre-nos os olhos de que o destino é o certo a se acreditar. Perguntas respondidas erroneamente fazem mal, não cruze os braços, mas abre-os em sinal de rendição ao Universo, a Deus, ao Destino, a Natureza, ou a qual for o nome da Perfeição!

Heliaz dos Santos Shauon.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vácuo.


No verso de uma carta, trago comigo uma tristeza profunda, que o tempo e espaço não interferem, água e fogo não destrói. A vida de um solitário, guiada por um destino insólito, num verão nada afrodisíaco, triste deserto, triste dor. Livre, mas impedido, minhas asas se recusam a bater, a voar, a viajar.
Vento e terra se juntam e os opostos se unem, na tentativa de atrelar um espírito quebrantado. Todavia isso vai além da natureza, está no íntimo do ser, passa da linha natural e obscurece em um vazio de vácuo, vácuo de sentimentos, vácuo de pensamentos, simplesmente nada.
Uma pungente careta clama lá no ímpeto, na calada do meio-dia, ou qualquer hora que seja isso não importa. Banho-me no leite da via-láctea, um banho de astros e me puxar ao infinito, o negrume nunca foi tão acolhedor.
Grandes sonhos, lentos e vis, detestáveis pesadelos assolam o desconhecido, na esperança de lançar lembranças esquecidas. Quão vã a vida está sendo, onde estará meu sentido?

Heliaz dos Santos Shauon.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A desilusão de uma essência esquecida.


Há muitos inícios de textos em minha mente, mas nada vem a cabeça que demonstra essa sensação. Estranheza, tédio, um remorso por não ser diferente. Quem define isso são as linhas do destino, não cabe a mim, a ninguém nem a ser algum dizer que o que se sucedeu foi errado. Se minha essência não corresponde com expectativas alheias, a culpa não é minha, a pessoa é que nunca quis me enxergar da maneira correta.
Uma vez ouvi algo do instinto materno, é o mais fenomenal sexto sentido já visto na raça humana, uma mãe conhece seu bebê mesmo antes de nascer, ela sabe quem ele é, sabe suas peculiares diferenças. Não acredito que com esse instinto, as milhares de mães do mundo não sabem no fundo quem são seus verdadeiros filhos. Transtorna-me a ponto de sentir isso que sinto agora, algumas dessas mães elevarem seus credos acima daquilo que seus filhos são, exaltar os dogmas de uma religião e deixar de lado a essência de sua prole, que ela tanto conhece.
Realmente não posso julgar, são buscas distintas, uma em direção a buscar algo correto e socialmente aceitável, outra em contrapartida, tenta se sentir a vontade com aquilo que é independente do que os que o cercam tem como ideologia.
Esperar que todos possam ver quem sou não é minha vontade, as pessoas que realmente me amam me vêem como sou, sentem a verdadeira alma, contudo observar quem você mais ama ignorando você, aceitando a sua identidade pela metade, mirando e fantasiando o seu eu, iludindo e te ponde a parede, isso é doído, é uma dor dilacerante, uma coisa que não se pode explicar. Eu queria tanto, mais tanto, poder tirar a venda que foi colocada por ela mesma de seus olhos, e fazer ver que o que sou é mais que natural, todavia os problemas não são fáceis de serem resolvidos, e a dor irá continuar, quem sabe, pro resto da vida, ou até a pessoa deixar de viver na ilusão do “certo”, e enxergar a verdadeira identidade que por Deus foi incumbida a mim.

Heliaz dos Santos Shauon.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dadaísmo? Nada tem a ver com cavalos!


Olho no espelho e a lagartixa emerge dos confins para me dizer que não estou bem assim. As olheiras estão marcadas e as rugas começam a dar as caras, triste mudança.
Mirabolantes pensamentos rodeiam meus pensamentos e um tipo a lá espectro infiltra nas linhas das amarguras, gruda-se como chiclete em dentadura velha, louco para roubar a energia cósmica dos campos paranormais, inventados por pessoas que não tem o que fazer da vida.
Esses bobões acham que é Deus, vão pro inferno, grande ordinários, hilários, cicários, sacrificaram suas vidas em prol de asneira.
E você pergunta como consigo a minha luz e as minhas tecnologias? Ora, essa é fácil, um ser mágico faz tudo pra mim, eu sempre vou poder, tenho poder do próprio poder, sou ninja.
Craque das beldades, nada que uma cor artificial não faça valer à pena, glúteos definidos e barriga engomadinha são sensação, desse jeito posso ganhar tudo que quero, ser poderoso e subliminar as cabeças das pessoas.
Mundo, viva intensamente, sempre seja corajoso e de bem com a vida, seja você mesmo e não desaponte o seu próximo.
Se papai Noel existe, por que não pensar positivo e brincar um pouco?
Dadaísmo? Nada tem a ver com cavalos, procure e ache respostas.
Louco só é quem busca beleza em si mesmo.
Somos aliens da via láctea, transitando numa bola imensa chamada Terra.

Heliaz dos Santos Shauon.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Paradoxo Humano.


Criador de causos e casos, chiliques e majestosas ações, lendários descobridores ou anões perante o conhecimento, assim são os humanos, seres paradoxos a tudo.
Ser radical não combina com essa espécie e limitações não há para nenhum do seu gênero.
Já a soberba, ganância, egocentrismo são laços muito fortes e são questões fundamentais em sua existência, mas nada como um bom messias para tornar o homem mais humano, há paradoxo em todos os cantos, isso é realmente notável.
Buda, Maomé, Jesus... Sócrates, Aristóteles, Platão... Newton, Ainsten, Galileu... Todos com suas teses, suas mentes evoluídas e poder de pensar e persuadir, gratificar e surpreender, dar verdades complexas e simples, ser o “ser” no meio de tantos seres.
Na ambição de se revelar, acham eles que sabem demais, grandes tolinhos, custam a acreditar que não sabem nada de verdade, ao minúsculo Planeta Terra sobra seus paradoxos, onde o animal científico luta contra a alma da fé, e filosofia tenta uni-las, trabalho enfadonho e realmente inútil, mas muito curioso e prazeroso em longo prazo.
Questão de lenga-lenga, criam chaves só por criarem, buscam portas só por buscarem, ou no objetivo se ajeitam ou no abstrato se acomodam, criadores de estória e meios para desparecer mentes cansadas, pequeninos e prematuros, aonde chegarão esses humanos?
Esse saber nunca há de ser descoberto, o conhecimento não se findará, não há última linha nem ponto final, engano de quem julga saber do fim ou se gaba de seus pensamentos serem melhores que os mais antigos. Quanto mais na conserva melhor é o teor da explicação, um círculo inesgotável de perguntas e respostas.
Divirtam-se, pois a todos vocês é dado à graça de viver, o saber de nada saber é seu e sua mente nunca irá parar. Grandiosa criação do nada que tudo é, mas que nada pode ser visto por se tratar simplesmente de um paradoxo humano.

Heliaz dos Santos Shauon.

domingo, 14 de agosto de 2011

Viagem Sufocante.


Numa sufocante viagem pensamentos indevidos me surgem , o peso às vezes é insuportável, mas não há guarida diante de tantos olhares mesquinhos. O corpo vai se debilitando e tremendo, cai e pisoteado é por todos, até o pó ser devorado pelo solo.
Minha psicologia egoísta. Entendo todos com simplicidade, porém a mim é tão complicado chegar a uma conclusão, pelo menos uma conclusão lógica. Seria uma alegria se alguém movimentasse um dedo em prol da minha pessoa, mas enfim, sou só eu a querer ajudar, sou eu a entender, sou eu a apaziguar, acalmar, contudo nunca ninguém vem ao meu encontro simplesmente para olhar o melhor de mim.
Pedem o impossível do meu ego, e meus princípios onde ficam? E o que eu penso, conta como algo?
Armei-me com a melhor das armas, a defesa, construí uma enorme barreira em volta de mim mesmo para que ninguém mais possa me agredir, para que coisa alguma chegue e me atinja. O mundo exterior é mal e incompreensível aos meus olhos, pois então para que compactuar com ele? Deixe-o ser caótico para quem realmente é masoquista e quanto a mim, corto o cordão umbilical dessa mãe estranha, termino aqui a sufocante viagem.

Heliaz dos Santos Shauon.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Meu lindo amor impossível.


As grades da deslealdade do destino me encarceraram, os olhos negros da verdade me vigiam e a boca da mesma emite-a fortemente aos meus ouvidos.
Repouso nos seus braços, toco ternamente seu rosto e você sorri aquele sorriso que só lhe foi dado, bocas carnudas se colam e línguas apaixonadas se acariciam, graus Celsius a quarenta, batidas a mil por hora. Só pensamentos, visões de um futuro previsto por um mal cigano, charlatão dos bons, rico, se banha em sonhos mal sonhados.
Compre uma visão raio-X e veja que meus rins precisa de sua água de carinho, meus pulmões precisa de sua respiração ardente em paixão, minha mente precisa de sua imagem, minha pela necessita de sua transpiração, meu coração quer seu amor, tenha uma dessas e comprove o que eu sempre digo, meu ser é seu e precisa de ti.
Dê-me suas mãos, estica um pouco mais e me arranque do abismo da sua negação, soe sua voz para que eu possa ouvir o seu “eu te amo”, venha ao meu encontro que estou ainda aqui, a sua espera, a espera do meu lindo amor impossível.

Heliaz dos Santos Shauon.

sábado, 11 de junho de 2011

Amor Confundido.


Em uma solidão angustiante é que você faz falta, é na escuridão sufocante que você se ausenta, voa para longe e me esquece.
Ah, quem me dera poder ao menos te demonstrar meu amor, você acredita em coisas vãs e o real sentimento que vaga sobre seus olhos você ignora, por que essa insistência em não aceitar? Falta coragem para enfrentar realmente o que você sente?
Há luz, mas não é otimista, há pessoas, mas não quebram o meu isolamento, elas nada têm a ver com o que sinto nem com o que sou, simplesmente heterogêneas a tudo que me pertence.
É relativo o amor? Faça-me um favor, confundir ambição com amor, achar que infantilidade, mesquinharia, disputa e desejo de posse pode ser amor é muita ingenuidade, para não ser grosseiro.
O amor verdadeiro é diferente. É o sofrer calado, é a não insistência, mas os esclarecimento dos fatos, é a vontade de ver a pessoa amada feliz independente da sua felicidade, pois se a pessoa for feliz você também estará bem-aventurado.
Realmente você está sendo enganado por uma multidão, eu não queria que se machucasse, todavia talvez seja bom para refletir e, talvez, com a sorte do destino, eu consiga mostrar-lhe o verdadeiro significado do amor.

Heliaz dos Santos Shauon.

Cruzes.


Cruzes. Para todos os lados dá para enxergá-las, despontando de ombros calejados e feridos pelo destino cruel. São feitas por mãos de ferros e línguas charlatãs, que por diferenças mínimas são usadas para calar uma minoria.
O exército vem com armas de ponta e astúcia do mal, corajosos mal-feitores, horríveis hipócritas.
O mar dos prazeres é enfim aberto, e as regras julgadoras são lançadas a fim de aprisionar os gananciosos. Esses por sua vez agarram de corpo e alma tudo o que lhe oferecem e obedecem a absurdas contradições de si mesmo para terem o que querem. Mas realmente, o que essas pessoas mais temem é a morte, e o que mais almejam é o prêmio que lhe oferecem sem ao menos possuí-lo, o dom da vida eterna, e nesse emaranhado de petições e mentiras o abandono é inadmissível e sua conseqüência é irrevogável.
Essas pequenas verdades em volta de grandes mentiras transformam pessoas, retira seus sonhos e as tornam incrivelmente iguais, e quem é diferente punido é por apenas ser ele mesmo.
Eles esquecem que existiu um diferente, um indivíduo peculiar e único que apesar de não fazer diferença entre pessoas sabia reconhecer cada um da maneira como esse é. Eles olvidam que existiu um ser amoroso e comedido em suas palavras que pediu para que os que cressem nele seguissem seus passos. Ele nunca pediu que o imitasse, que é bem diferente de se espelhar, ele queria simplesmente que as pessoas fossem justas, amorosas e pacíficas, queria tirar o mau julgador de suas bocas e colocar o bem acolhedor no lugar. Eles não seguem o Jesus que pregam, e naquele dia posso vê-lo dizendo que não conhece essas pessoas apesar de terem lhe dirigido palavras várias vezes. Eles deixaram no fundo da memória a face do mau e o segue sem culpa por conta disso, fazendo as cruzes que vemos por aí, as cruzes da opressão, do medo, da angústia, do ódio, da morte de almas...

Heliaz dos Santos Shauon.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Para Você...


Pra onde vou você está lá, onde quer que meu pensamento vague ali está sua figura sorrindo, aquele rosto sereno, aquele lindo sorriso, aquela forma inconfundível de ser.
Tudo me chama atenção, meu desejo é ir ao seu encontro e te amar como nunca amei ninguém, te abraçar e nunca mais te soltar, te beijar como se fosse o último beijo da minha vida.
O céu não é mais tão bonito depois que te conheci, o Sol não tem o brilho que outrora possuíra majestosamente, pois você o ofuscou completamente, nem todas as infinitas estrelas do universo seriam capazes de substituir o espaço vazio que você causou depois que te avistei.
Depois disso tudo só me resta entoar uma canção que me lembra você.
Todos os amores
Que passaram antes
Eles não se comparam a você
Não se assuste
Apenas me dê um pouco mais
Eles não se comparam a você,
Todos os amores.

Uma vez desacreditei do amor, mas agora sei o que muitas pessoas me falavam, ele existe e está demonstrando isso em forma de você, o meu amor nada mais é que você, o meu coração só irá se contentar quando eu tiver você, a minha vida agora se resume a você e o meu futuro está e sempre esteve predestinado a Você.

Heliaz dos Santos Shauon.

O Poder em minhas mãos.


Serei mágico. Serei capitão. Serei padre. Serei fanfarrão. Serei alegre. Serei Baltazar. Serei uma febre, Navio em alto mar.
Serei rei. Serei bem feitor. Serei o vilão. Serei o amor. Serei a tristeza. Serei João. Serei um carro, na contramão.
Serei mendigo. Serei o maioral. Serei a luz. Serei Rouxinol. Serei a bravura. Serei Lara. Serei a pena, que livremente ao vento vaga.
Serei animal. Serei canibal. Serei inteligência. Serei racional. Serei a frieza. Serei Lazarar. Serei a miragem, que na exaustão há de estar.
Serei mãe. Serei o afeto. Serei o longe. Serei o perto. Serei o infindo. Serei Marta. Serei o avental, que a tudo suporta.
Posso ser você, posso ser eu. Posso ser um foguete, posso ser seu. Posso tudo, até o nada, escritor sou e me orgulho, o futuro é promissor eu lhe asseguro. Sou letras, palavras, sou Maria e José, sou a água a terra, o que você quiser. Nesse texto expresso quem sou, mas não sou esse, sou a vida, sou a mente, o coração que deleita nas escritas, que passa ao papel o que sente. Só não posso ser na realidade da vida, o amor que queria, mas em um dia começou então isso terminará um dia.

Ter a honra de amar essa expressão nobre da escrita é a minha vida, agradeço a DEUS, ao Universo, por esse dom maravilhoso, dom único, dom de entendimento universal.

Heliaz dos Santos Shauon.

Desejos ao Universo!


Joguei as cartas, fiz os pedidos, entreguei meus sonhos e enviei meus desejos há um existir infinito.
Minhas angústias foram esquecidas. Meus problemas são conseqüências, mas de agora em diante espero diminuí-los a quase zero.
Luzes a dimensões me cercam, piso em estrelas que mostram um caminho mais perfeito, sendo mais exato, “o caminho melhor a se seguir”. Essa escuridão nunca se torna completa, pois a esperança é a luz que me guia, a fé é algo que se torna efetiva em minha vida e é indispensável para a minha saúde espiritual e física.
Esses reflexos do Eu paralelo se dá ao eu de agora, o Eu visível. E esses emaranhados de Eu’s que se formam são consequências de tanta complexidade de mim mesmo. Cada Eu e seu desejo, cada mim e suas formas, cada sou e seus trejeitos, cada quero e suas recompensas.
Extremamente diferente do que poderia imaginar é essa experiência que vivo, pode me chamar de sonhador, iludido ou alucinado, porém todo dia é melhor que o outro, as surpresas do Grande Destino são enormemente adoráveis, deixe seu espírito trafegar pelo infinito, deixe sua alma sonhar a vontade e desejar os sonhos, se na realidade ainda não existe, sonhe, eles se tornam realidade, basta entregar os seus desejos ao Universo!

Heliaz dos Santos Shauon.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Conto: Até onde vai esse ódio?


... – Vamos tomar um ar? – perguntei a Roberto, meu amigo de balada. Ah, tinha que contar o que havia acontecido, a felicidade tamanha devia ser exposta – conversar? Preciso muito falar com você.
- Que isso Venâncio, a balada mal começou, depois você fala – ele insistiu pra ficar mais já na porta do estabelecimento, eu o forçava para que fosse comigo – vamos curtir!
- Ah, mas é importante – eu argumentei – vamos dar só uma voltinha na quadra, já voltamos!
- E aquele gato que tava com você?! Meu amor, homem igual aquele não cai do céu, deixar aquele deus grego embolorando, outro mofinho vem e pega, helloooo! – ele tentou me convencer, gesticulando exageradamente como sempre.
- É sobre isso Beto, vamos dar a voltinha – peguei-o pela mão, forcei-o a vir comigo até ele ceder, e fomos andar. Saímos, e pus-me a falar – ele me pediu em namoro!
- Sério?! E o que você tem na cabeça? Minhoca? – ele olhou pra mim indignado.
- A, não sei, ele é lindo – andávamos devagar, Beto um tanto contrariado ainda – mas ainda falta algo.
- Ai ai ai, você! Nâncio você é lerdo, se aquele não for o príncipe encantado, com aqueles brações, corpo escultural e cara de anjo, eu não sei o que é – eu sentia ali um pouquinho de inveja e fúria, por eu poder aquele homem em minhas mãos e esnobá-lo.
- Acho que ele é demais pra mi... – Beto fez um basta com as mãos, me interrompendo.
- Olha, se ele está interessado é porque te acha à altura dele, e outra, se você ficar nessa ninguém vai te querer, seja alto astral, você é bonito, inteligente, se valoriza! – ele concluiu.
- Você acha que devo aceitar então? – eu queria que ele me dissesse ao contrário.
- Claro! Toda pessoa não é pra você, para com essa mania de inferioridade e deixe rolar – respondeu irritado.
- Ok, tudo bem, vou aceitar, mas se não der certo a culpa é sua – tentei alertá-lo.
- Se não der certo não deu! Oras, nem tudo é para sempre – chacoalhou a cabeça e indignação.
Íamos calmo pela rua, dando a volta na quadra. Mais a frente havia uma multidão que se aglomerava em frente a um palanque, era época de política, por isso pensei que era mais um desses aí prometendo a cueca e a calça. Contudo, ouvindo bem, era parecido com um culto evangélico, até que discerni o que eles estavam dizendo.
“... O mundo está munido de imoralidades, o homem ceifa o que colhe, oremos para que Deus venha limpar nossa sociedade de tamanhas barbaridades...”
- Viu?! Somos as imoralidades que eles pregam, me dá nos nervos as pessoas nos julgarem por sermos assim, pagar nossas contas ninguém paga, agora criticar todos critica, vamos voltar – Beto não gostava que criticassem a condição dele, na verdade eu também não, todavia era mais relevante, na verdade é difícil viver em um mundo onde não te aceitam como pessoas de verdade, não reconhecem sua personalidade e seus pensamentos, julgam ser tudo obra do diabo, reprimindo assim tudo que acreditamos, vivemos e pensamos.
Mas o destino iria nos dar mais uma prova do quanto às pessoas odiavam-nos, ao virarmos uma esquina, entramos em uma ruazinha tranquila, de paralelepípedos, e era ali, eu e Roberto nos esquecemos, o refúgio de um grupo anti-gays. Caímos como ratos na ratoeira.
Não me lembro se eles disseram algo ou não, só sei que na metade do caminho eles nos surpreenderam, eram muitos, dezenas, pra mim uma multidão, pessoas desorientadas, tiradas de seu estado de sanidade, veio ao nosso encontro, àqueles olhos vermelhos como brasa, cheio de fúria e sede de sangue. Eu me lembro de ter gritado “Roberto, corra” saindo em direção contrária deles, senti um objeto pesado contra minhas costas, não pude saber o que era, na hora não doera, eu não pensava nada, só vinha em minha cabeça fugir dali, daquele lugar, me abrigar em um recinto seguro. Ouvi gritos, xingamentos embaralhados que não pude distingui-los, passos ao meu encalço, e o pior, pedido de socorro de Roberto. Aquelas lamúrias nunca mais sairão da minha memória, eu fui culpado de sair da balada, de entrar na rua com ele, eu não fui salvá-lo, eu sempre irei me culpar, sempre.
Corri o trajeto de volta até a balada, meu coração não batia, ele gritava, meu peito doía, minha caixa torácica parecia que viria a explodir, não conseguia mais reunir ar. Foi quando avistei o segurança, gritei sabe Deus como, “SOCORRO, PEGARAM ROBERTO, CHAME A POLÍCIA”, ele veio ao meu encontro e depois disso não vi mais nada, minhas pernas cederam ao nervosismo e cansaço, desmaiara.
No velório o caixão fora lacrado, tamanha era a deformidade de Roberto, quem o viu depois do ocorrido, quem teve realmente coragem de mirar ele, dissera que estava nu, com a pele toda cortada e roxa, um olho para fora, dedos atorados, uma horrível morte para alguém que apenas buscava sua felicidade e um mundo igualitário e melhor.
O mundo nunca terá espaço para todos, enquanto você acreditar que não somos iguais, enquanto você finge não ter preconceito, contudo é minado de ódio, enquanto você achar que nós precisamos de mudança. Quem deve decidir mudar é o indivíduo, e não as pessoas que o rodeia, se ele é feliz do jeito que nasceu, deixe-o viver assim. Você pode não acreditar, mas pode ser responsável por matar sonhos, frustrar corações, deixar órfãs famílias, assassinar mais uma alma esperançosa para viver!
Seja solidário, seja humano, respeite, não julgue!

Esta história é fictícia, mas podia acontecer com qualquer um, pense você ser massacrado, agredido por apenas ser diferente da massa? Você deseja isso pra si mesmo? Se não, por favor, não deseje pra ninguém, nós não merecemos o seu ódio ou julgamento.
Muito grato.

Heliaz dos Santos Shauon.

sábado, 16 de abril de 2011

Amar




Parece que não há coração que encaixe no meu.
Romances que há tempos se fora,doem, doeu.
Amor um dia esteve aqui, ao meu lado.
Evaporou-se, deixou-me ao relento, jogado.

Sento ao vento, ao nada, ao frio.
Quentes foram seus braços, me cobriam, aqueciam-me como fio.
Águas transparentes que formam embaixo de minha tristeza.
Oferecem-me banho, na melancolia, na frieza.

Seus olhos dizem que sim, suas atitudes? Não!
Amor supera tudo, mas não sei o que você sente,
Vence-se o lado de sua mente.
Diga que nunca irá me querer e que se vá então.

Recordo de amores correspondidos,
Bandidos,
Amigos,
Benignos.
Amores impossíveis,
Incorrigíveis,
Ininteligíveis.
Amores traiçoeiros,
Interesseiros,
Intimidadores,
Malfeitores.
Mas só teve um amor completo,
Amor esse que quase deu certo,
Venceu, por poucos momentos, barreiras inquebráveis,
Superou obstáculos incalculáveis.
Todavia inquebrável é impossível de se quebrar,
E o previsível oculto deixou se mostrar,
Que o amor nem sempre pode durar,
Porém nunca deixaremos, esse sentimento, iremos recordar, vivenciar,
Cada dia a se passar, e vamos nos lembrar que por breves momentos fomos capazes de AMAR.

Heliaz dos Santos Shauon.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amor.


Amor. Sentimento, transe, estado. É tão complicado definir, esse, conhecido popularmente como sentimento, mas que pode ser considerado um transe por estarmos desligado do mundo, ou estado, sua alma fica de uma forma dessemelhante por conta dele.
Como um teatro, é cheio de peças, das quais paixões são acaloradas e logo esquecidas, amores infindos, que duram até a morte, cumprindo a promessa dos votos, e aqueles não correspondidos, platônicos ou como conheçam, e nesse creio que muita gente tem experiência. Há aqueles felizardos, que ganham na roleta da sorte, e saí vencedor por achar um mútuo, contudo em todo jogo ganha um jogador por vez, ou uma minoria, o que é de praxe, e sempre ficamos no aleatório, esperando que nossa vez chegue, que consigamos ganhar aquilo que queremos, mas é quase impossível, muito tempo a se perder numa incerteza.
Porém chegamos à outra incerteza, se o amor é mesmo um jogo de sorte como dizem, por que não conseguimos desistir? Será o vício tão forte? Talvez o amor seja um jogo, todavia ele é complexo demais para só ser definido assim, ele é intrasferível, imutável, sublime e doloroso. Ele se torna tão vital e é tão essencial, inclusive para nosso bem, que não deve se considerar um vício, uma vitamina necessária talvez, algo como fome, do qual o organismo reage e nos obriga a saciar o estômago.
É tão filosófico o amor, e tão natural, uma pergunta incógnita que talvez não tenha resposta, o único jeito de desvendá-lo é simplesmente vivendo.
A sensação é tão intensa, quando renovados por ele, que é como se um mar de águas arrebatadoras nos submergisse, como se o corpo dissesse “ainda estou vivo, há um coração que bate”, e o metido açoita tanto que parece querer se mostrar para pessoa da qual quer atenção. Incontrolável, o amor subitamente vem e só vai quando quer, não adianta contar até dez, pedir pra não sentir, o impacto tsunâmico é irreversível. E as conseqüências, essa parte é engraçada: choradeira de felicidade ou tristeza, pulos, puxar a gola da camiseta, ter crises de soluços estranhos, bater palmas... O duro é quando vem tudo de uma vez. Aquele frio horrível na barriga que ao mesmo tempo trás prazer, aquele nó na garganta, aquele imã te puxando a pessoa, tudo isso é sinceramente incrível.
Toda forma de amor é válida, amor correspondido que é bem satisfatório, amor longínquo que é uma dádiva e até amor platônico, oras, se você sente o amor pode se considerar privilegiado, você é capaz de amar, quer felicidade maior que essa?
Amor, o divino, o puro, o legítimo antinatural, amor de pai, mãe, filho, irmão, amigo, amor do reino animal, há existente coisa mais linda do que ver seres inocentes demonstrarem pra muitos que se consideram humanos o valor do amor? Esse sentimento que entorpece seres faz parte de cada um, cada coração unido por esse belo estado, todos envolvidos neste transe unidos em uma corrente única de afeto, na gostosa sensação de ser amado e amar, no saber de ser único e ser amado pelas suas diferenças, estar nessa jogada que o prêmio é simplesmente e esplendidamente o AMOR!

O que é amor para você?

Heliaz dos Santos Shauon.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mera marionete.


A favor de meus semelhantes escrevo este texto.
Universo gay é tão colorido, é tão atrativo, e tão mágico, em resumo, é surpreendentemente alegre. Tantas pessoas que conheço, eu sinto, reconhecem em mim, aqueles que me conheciam antes de meu segundo aniversário, que estou radiantemente feliz, um alguém que antes não existia. Já aquelas que me conhecem agora se vêem afeiçoadas e coladas perante esta energia positiva da qual ouço e creio passar para as pessoas. Energia essa que é comentada, que é vista como luz ou simplesmente como esse a quem vos escreve, eu tenho certeza que há mais, acredito, espero, e me alegra ser a alegria do CRIADOR pairando sobre mim e inundando o meu ser, é uma harmonia tão fantástica quando somos o que somos, vivendo a maneira que fomos criados, que chega ser indescritível o que eu sinto o que milhares de homossexuais sentem. É essa energia que nos mantém sorridentes, contentes e sempre “coloridos”.
Contudo há quem discorde, o que de fato me entristece, pois além de não concordarem, o que é plausível, ainda por cima julgam. Seres robóticos, hipnotizados radicalmente para crer em algo embasado por interesses internos e mesquinhos. Eu fico admirado em não poder usufruir de um bom diálogo com pessoas dessa ordem, grupo, ou o termo apropriado de que se chamam, é uma diferença tão grande, talvez um abismo, que separa o livre do carcerado e o mais incrível é que esses se intitulam livres. Livres para o quê meu DEUS?, eu me pergunto. Seria inveja, negligência, ou uma simples procura de mudança de hábitos e periodicamente de vida?
Ok, quem sou eu para dizer que uma pessoa pode ou não pode mudar de crença, de ideais ou de imagem, sou totalmente a favor da abertura de novas chances, novos caminhos e diversidade de opiniões, todavia seria prudente esclarecer que o contrário não acontece, essas pessoas das quais citei se “importam” demais com nós gays e com o mundo diferente do qual elas não fazem parte, se preocupam a ponto de invadir a nossa opinião, a nossa “escolha”, se tornam inconvenientes, um exemplo que certamente JESUS não deixou para nós ao ser obediente, paciente e respeitador, mas isso não é nada, o pior é quando eles estão a ponto de mandar em um país, dominar o poder e enfiar goela abaixo o que eles acreditam para todos, tomando para si direitos que só lhe interessam, fazendo movimentos para que não se vote em fulano porque este é ou apóia movimentos LGBT, não vote em ciclano simplesmente por ele não pertencer ao nosso credo, é uma guerra fria religiosa, onde olhares parecem ser amistosos, mas o coração é irado e preconceituoso.
Já houve vários exemplos de fanatismo no passado que não deram certo, um dos mais famosos, a Inquisição, onde inocentes eram mortos, torturados e massacrados por serem meramente diferentes do que “DEUS” queria, como se esses que julgavam essas minorias fossem perfeitos, e o hipotético é que usavam métodos “santos”, como degolamento e fogueiras, aqueles que não vertiam sangue, o medo do inferno era grande nessa época, dava para se ver (Valei-me DEUS).
Eu acordo e não há um dia do qual eu agradeço do jeito que nasci, o jeito que DEUS me quis, é sensacional ver tudo diferente, tudo novo e renovado, muitas portas de casas de amigos antigos se fecharam, muitos olhares se tornaram furtivos para mim, mas o triplo ou mais de portas se abriram, isso para mostrar que não preciso de estereótipo para viver. É para as pessoas falarem mal mesmo e sentirem inveja do que fiz, que é o que elas sentem quando me olham, tristonhas vivem essa correria na inércia para chegar a um ser perfeito, enquanto o perfeito sempre esteve na sua mente, aquele que sempre foi você, mas eu entendo, pois só se é você quem tem coragem de enfrentar esse grupo que te obriga a se embolorar entulhado nas mentiras de um ser criado por eles, uma mera marionete.

Heliaz dos Santos Shauon.

sábado, 5 de março de 2011

Olhe-se.


Antes de me julgar, de me satanizar, olhe seus defeitos, paga suas contas, tenha uma vida digna de gente e esquece pecados alheios.
Vive em uma vida em constante busca por Jesus, sente-se superior em estar em uma religião e menospreza os que em sua volta está, esquece dos seus pequenos errinhos e aponta os que julgam grandiosos nos outros.
Sabe, eu entendo o porquê de você se sentir inseguro com Jesus, não vive uma verdade sua, concorda com doutrinas e esquece realmente de buscar o verdadeiro querer de Jesus.
Cada palavra constrangedora, de desprezo, homofóbica ou de julgamento incerto que você profere, fere a mim e muitas pessoas que ao seu redor convive.
Cabe a você divulgar a palavra de Jesus embasada no amor, não em críticas ou em julgamentos, você deve ver seus pequenos erros que juntos te deixam feio, deformado, inseguro e uma ameaça para outras pessoas que buscam realmente seguir seu exemplo. O seu dever é único e exclusivamente se ver e deixar de preocupar com os demais.

Heliaz dos Santos Shauon.

Olha-me


Teu sorriso deixou marcas incuráveis em mim, meu martírio é viver preso, literalmente, e não provar do seu amor, não saborear seus lábios, não tocar em seu corpo.
Esse joguinho que você anda fazendo comigo está cada dia mais me entristecendo. Ludibria e me enlouquece, mas depois, em uma nuvem de fumaça, some para longe, voa a milhas de distância, abandona-me.
Estou entrando nessa jogada, fazer o que você quer que eu faça, ou o que não quer, me entregar de corpo e alma para outras mãos, para outra boca, para outro ser.
Seu medo é olhos a mais, é achismo alheio? Sério, a felicidade não está em desejos que não pertencem a mim, se encontra no meu querer, e claro que isso lhe cabe também, cabe a todos, pois estamos em uma era onde é recompensando os sonhos dos outros em nós do que o nosso próprio.
Que mundo irá montar? Com que peças está brincando?
Meu coração em pedaços irá fazer de tudo para chamar simplesmente sua atenção, ainda não desisti de você, contudo ele já aprendeu que sofrer tem limites e que a esperança é a última que morre, mas que esta deve ser confiada não em um ser falho, mas sim em um destino de surpresas.

Heliaz dos Santos Shauon.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Autoconfiança", "Engano".


Autoconfiança, algo que me falha, que me erra, me foge, não me menosprezo nem me faço de coitado tampouco, só que sei de minhas limitações e percebo o que sou e o que não sou.
Não posso dizer também que não a tenho, seria conversa da minha parte, com certeza em algum momento me sinto bem com algo, faço coisas confiantes, porém em comparação com as que eu realizo com temor, as autoconfiantes são em uma escala bem menor.
Contudo não me sinto inferior a quem enxerga tudo azul, vivo de bem com a vida mesmo sendo escura às vezes, prefiro ter dosagem da realidade frequentemente, a ser enganado por eu mesmo.
Engano, por ele fazemos loucura, acreditamos em errados, somos avessos de nós. Nunca quis agradar alguém para se sentir bem consigo mesmo, nunca fez algo que não queria para impressionar? É normal enganarmos, basta dar asas a imaginação e deixá-la trabalhar com a metidez, fazemos imagens que tomam nossos lugares e vivem nossas vidas, nos obrigamos a sentar e assistir alguém se deliciando do que poderíamos desfrutar. Por isso não entregue a toa sua vida a alguém que não existe, não engane a quem se engana também, não se iluda, não caia em uma armadilha de alienação, mas tenha coragem em assumir a sua imagem, tenha orgulho, tenha simplesmente autoconfiança.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quem é você?


Quem é você que se esconde sobre madeixas douradas? Quem é você que olha apreensiva ao seu redor? Quem é você que vive com medo do mundo?
Sua saliva mortal é puro veneno, sua lábia é uma faixa que cega os mais fracos, as suas palavras vis me fez julgar errado as pessoas que me rodeiam e me rodeavam, muitos corações parti, muitas amizades perdi por um único motivo: você.
Afinal qual era sua intenção, ganhou o que com tudo isso? Ajudar-me?! Não vem com essa, você destruiu a minha vida, as suas sombras me atormentavam, os seus maus agouros martelavam em minha mente, bruxa, caçadora de almas, alimenta-se pelo medo das pessoas, pelo pavor, amedronta por prazer, diversão, puro deleite.
Recompensas? A de sempre, enganou mais uma vítima e desfrutou de minha fidelidade, da minha bondade, mentiu pra caralho, sendo bem sincero, e se deu bem em cima disso, você tem um alto controle sobre as pessoas e sobre você, fui marionete, mas nunca se alcança algo que por medo é conquistado, nunca se engana enquanto a verdade existir, nunca se foge enquanto houver justiça, e que ela seja feita, pois se em Deus você acredita, que Ele te julgue conforme os seus conceitos.

Heliaz dos Santos Shauon.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ideais, Sonhos e Esconderijos.


“A vida não se resume entre bem e mal, mas em crenças, acreditar em ideais diferentes causam inimizades...” assim digo em uma frase que escrevi, eu estava me analisando e vendo a força que tenho, a disposição, são nulas, em vista de quem eu admiro sou um simples amador, um reles mortal, cadê meus ideais, cadê as minhas lutas?
O comodismo tomou conta da nação brasileira, ou será que é o medo? Nenhuma dessas coisas são boas, mas covardia é humilhante para um povo, terem temor de lutar pensando nas consequências, que isso?! Eu tomei a decisão de nunca mais me esconder e o que agora eu posso alcançar, estou me esforçando para alcançá-lo, cansei de cruzar os braços para um futuro promissor, cansei de aceitar a mediocridade e me forçar a pensar que é confortável tê-la por perto.
O que não me assusta, porém me incomoda, são pessoas muito bem preparadas psicologicamente e culturalmente se limitar por religião, se tornando hipócritas e contraditórias, usam e abusam de palavras, fazem enigmas e enganam muitas pessoas, falam o que todas querem ouvir, contudo nunca é objetivo naquilo que quer dizer de verdade, encobre verdades por mentiras, comove pessoas, todavia não faz nada por elas, vivem em esconderijos e suas identidades são desconhecidas, pessoas inúteis que se tornam essenciais, pessoas sem ideais que alimentam ideais de muitos, pessoas escuras que levam a “luz” a covardes.

Heliaz dos Santos Shauon

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O medo do medo.


Quanto medo do medo, esse medo que se esconde por trás do medo que você cria.
Que adianta esconder o medo se o medo não se esconde? Por que esconder o medo com o medo se mentiras são frágeis e por medo são inventadas, que medo do medo é esse?
O medo não é antônimo da coragem, há uma linha tênue que os separa e os une, essa linha neutra da omissão, por medo se omite e por coragem também, se esconde em escuros e o medo enjaulado só corrói o escudo do seu próprio material, o medo te faz humano, o medo é parceiro da coragem, o medo protege e a coragem vence, o medo é realista e a coragem é otimista, juntos são a vitória, separados a derrota, omitidos a morte.

Heliaz dos Santos Shauon.

Construção inútil.



Decepção corrói-me agora, arrependimento, horrível sensação.
Que empenho foi aquele?! Quanta vontade pra quem nem aí estava para mim? Perdi quem amava; não me dediquei inteiramente para quem me via com amor e me joguei nos braços de um alguém que só aproveitou da minha carência.
Essa falta de amor me tornou alvo fácil, essa sede por carinho me deixou vulnerável a galanteios baratos, a simples promessas.
Sempre tentei transparecer uma pessoa firme e menos humana perante essas situações, sempre optei por sentimentos e não por prazeres, a fortaleza que havia construído e as esperanças acumuladas que sempre havia guardando, há tempos esperando uma pessoa certa pra mim, tudo isso água a baixo se fora, acabou em nada, não adiantou, e enganado fui por quem nunca me verá como esperava que alguém me visse. Logrado por simples palavras, o reino em anos construído minuciosamente destruído foi em fração de minutos e o coração em pedaços compõe o resto das memórias de uma construção inútil.

Heliaz dos Santos Shauon.

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