A sinceridade. Que felicidade em partilhar com ela minhas frases, minhas falas, meus devaneios. O mundo hoje em dia pede-a tanto, chama pelo seu nome, mas quando ela chega é negada, a porta é batida em sua cara.
Claro que tudo isso não passa de linguagem figurada, porém eu não entendo o almejo das pessoas em serem tratadas com a sinceridade, eu me sinto culpado por usá-la, pois o óbvio que trato com rigor em mostrar, mas com a pauta necessária, é negado, a sociedade vive em cima de ilusões, vive em um torpor de fingimento e com o contentamento da enganação, é incrível isso.
É tamanha a hipocrisia das pessoas que pregam a simples verdade e preferem a mentira enfeitada, põe em palavras o que em prática não é feito e mentem de novo quando se dizem sinceros, gigante a bola de neve.
Eu sei que a verdade dói, convivo com tantas delas, eu assumo sim que me agradaria viver na mentira, por mais que seja ruim e pode desmoronar a qualquer momento, a mentira da aquela sensação de “tudo posso, tudo sou”, é feito um mundo nosso, paralelo ao que vivemos, com regalias a mil metros. Contudo a verdade é a satisfação simples, o jeitinho de encaixar certo, a ferida a ser curada, é a realidade comum a todos, mas que a maioria prefere dar as costas.
A verdade é para os fracos, porém que são compensados a todo o momento, é para os de confiança, é para os humildes que evitam grandes tombos de exaltados, que caem de grandes alturas.
A dádiva do ser humano é cumprir sua natureza, acho que não há nada de errado em sonhar, mas antes de construir mansões em sonhos, fracos como palha, melhor crescer de pouco em pouco com um casebre, aprender a lidar com a razão da vida e conhecer a única forma de se viver sem usurpar a liberdade de outro.
Heliaz dos Santos Shauon.
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