sexta-feira, 22 de abril de 2011

Para Você...


Pra onde vou você está lá, onde quer que meu pensamento vague ali está sua figura sorrindo, aquele rosto sereno, aquele lindo sorriso, aquela forma inconfundível de ser.
Tudo me chama atenção, meu desejo é ir ao seu encontro e te amar como nunca amei ninguém, te abraçar e nunca mais te soltar, te beijar como se fosse o último beijo da minha vida.
O céu não é mais tão bonito depois que te conheci, o Sol não tem o brilho que outrora possuíra majestosamente, pois você o ofuscou completamente, nem todas as infinitas estrelas do universo seriam capazes de substituir o espaço vazio que você causou depois que te avistei.
Depois disso tudo só me resta entoar uma canção que me lembra você.
Todos os amores
Que passaram antes
Eles não se comparam a você
Não se assuste
Apenas me dê um pouco mais
Eles não se comparam a você,
Todos os amores.

Uma vez desacreditei do amor, mas agora sei o que muitas pessoas me falavam, ele existe e está demonstrando isso em forma de você, o meu amor nada mais é que você, o meu coração só irá se contentar quando eu tiver você, a minha vida agora se resume a você e o meu futuro está e sempre esteve predestinado a Você.

Heliaz dos Santos Shauon.

O Poder em minhas mãos.


Serei mágico. Serei capitão. Serei padre. Serei fanfarrão. Serei alegre. Serei Baltazar. Serei uma febre, Navio em alto mar.
Serei rei. Serei bem feitor. Serei o vilão. Serei o amor. Serei a tristeza. Serei João. Serei um carro, na contramão.
Serei mendigo. Serei o maioral. Serei a luz. Serei Rouxinol. Serei a bravura. Serei Lara. Serei a pena, que livremente ao vento vaga.
Serei animal. Serei canibal. Serei inteligência. Serei racional. Serei a frieza. Serei Lazarar. Serei a miragem, que na exaustão há de estar.
Serei mãe. Serei o afeto. Serei o longe. Serei o perto. Serei o infindo. Serei Marta. Serei o avental, que a tudo suporta.
Posso ser você, posso ser eu. Posso ser um foguete, posso ser seu. Posso tudo, até o nada, escritor sou e me orgulho, o futuro é promissor eu lhe asseguro. Sou letras, palavras, sou Maria e José, sou a água a terra, o que você quiser. Nesse texto expresso quem sou, mas não sou esse, sou a vida, sou a mente, o coração que deleita nas escritas, que passa ao papel o que sente. Só não posso ser na realidade da vida, o amor que queria, mas em um dia começou então isso terminará um dia.

Ter a honra de amar essa expressão nobre da escrita é a minha vida, agradeço a DEUS, ao Universo, por esse dom maravilhoso, dom único, dom de entendimento universal.

Heliaz dos Santos Shauon.

Desejos ao Universo!


Joguei as cartas, fiz os pedidos, entreguei meus sonhos e enviei meus desejos há um existir infinito.
Minhas angústias foram esquecidas. Meus problemas são conseqüências, mas de agora em diante espero diminuí-los a quase zero.
Luzes a dimensões me cercam, piso em estrelas que mostram um caminho mais perfeito, sendo mais exato, “o caminho melhor a se seguir”. Essa escuridão nunca se torna completa, pois a esperança é a luz que me guia, a fé é algo que se torna efetiva em minha vida e é indispensável para a minha saúde espiritual e física.
Esses reflexos do Eu paralelo se dá ao eu de agora, o Eu visível. E esses emaranhados de Eu’s que se formam são consequências de tanta complexidade de mim mesmo. Cada Eu e seu desejo, cada mim e suas formas, cada sou e seus trejeitos, cada quero e suas recompensas.
Extremamente diferente do que poderia imaginar é essa experiência que vivo, pode me chamar de sonhador, iludido ou alucinado, porém todo dia é melhor que o outro, as surpresas do Grande Destino são enormemente adoráveis, deixe seu espírito trafegar pelo infinito, deixe sua alma sonhar a vontade e desejar os sonhos, se na realidade ainda não existe, sonhe, eles se tornam realidade, basta entregar os seus desejos ao Universo!

Heliaz dos Santos Shauon.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Conto: Até onde vai esse ódio?


... – Vamos tomar um ar? – perguntei a Roberto, meu amigo de balada. Ah, tinha que contar o que havia acontecido, a felicidade tamanha devia ser exposta – conversar? Preciso muito falar com você.
- Que isso Venâncio, a balada mal começou, depois você fala – ele insistiu pra ficar mais já na porta do estabelecimento, eu o forçava para que fosse comigo – vamos curtir!
- Ah, mas é importante – eu argumentei – vamos dar só uma voltinha na quadra, já voltamos!
- E aquele gato que tava com você?! Meu amor, homem igual aquele não cai do céu, deixar aquele deus grego embolorando, outro mofinho vem e pega, helloooo! – ele tentou me convencer, gesticulando exageradamente como sempre.
- É sobre isso Beto, vamos dar a voltinha – peguei-o pela mão, forcei-o a vir comigo até ele ceder, e fomos andar. Saímos, e pus-me a falar – ele me pediu em namoro!
- Sério?! E o que você tem na cabeça? Minhoca? – ele olhou pra mim indignado.
- A, não sei, ele é lindo – andávamos devagar, Beto um tanto contrariado ainda – mas ainda falta algo.
- Ai ai ai, você! Nâncio você é lerdo, se aquele não for o príncipe encantado, com aqueles brações, corpo escultural e cara de anjo, eu não sei o que é – eu sentia ali um pouquinho de inveja e fúria, por eu poder aquele homem em minhas mãos e esnobá-lo.
- Acho que ele é demais pra mi... – Beto fez um basta com as mãos, me interrompendo.
- Olha, se ele está interessado é porque te acha à altura dele, e outra, se você ficar nessa ninguém vai te querer, seja alto astral, você é bonito, inteligente, se valoriza! – ele concluiu.
- Você acha que devo aceitar então? – eu queria que ele me dissesse ao contrário.
- Claro! Toda pessoa não é pra você, para com essa mania de inferioridade e deixe rolar – respondeu irritado.
- Ok, tudo bem, vou aceitar, mas se não der certo a culpa é sua – tentei alertá-lo.
- Se não der certo não deu! Oras, nem tudo é para sempre – chacoalhou a cabeça e indignação.
Íamos calmo pela rua, dando a volta na quadra. Mais a frente havia uma multidão que se aglomerava em frente a um palanque, era época de política, por isso pensei que era mais um desses aí prometendo a cueca e a calça. Contudo, ouvindo bem, era parecido com um culto evangélico, até que discerni o que eles estavam dizendo.
“... O mundo está munido de imoralidades, o homem ceifa o que colhe, oremos para que Deus venha limpar nossa sociedade de tamanhas barbaridades...”
- Viu?! Somos as imoralidades que eles pregam, me dá nos nervos as pessoas nos julgarem por sermos assim, pagar nossas contas ninguém paga, agora criticar todos critica, vamos voltar – Beto não gostava que criticassem a condição dele, na verdade eu também não, todavia era mais relevante, na verdade é difícil viver em um mundo onde não te aceitam como pessoas de verdade, não reconhecem sua personalidade e seus pensamentos, julgam ser tudo obra do diabo, reprimindo assim tudo que acreditamos, vivemos e pensamos.
Mas o destino iria nos dar mais uma prova do quanto às pessoas odiavam-nos, ao virarmos uma esquina, entramos em uma ruazinha tranquila, de paralelepípedos, e era ali, eu e Roberto nos esquecemos, o refúgio de um grupo anti-gays. Caímos como ratos na ratoeira.
Não me lembro se eles disseram algo ou não, só sei que na metade do caminho eles nos surpreenderam, eram muitos, dezenas, pra mim uma multidão, pessoas desorientadas, tiradas de seu estado de sanidade, veio ao nosso encontro, àqueles olhos vermelhos como brasa, cheio de fúria e sede de sangue. Eu me lembro de ter gritado “Roberto, corra” saindo em direção contrária deles, senti um objeto pesado contra minhas costas, não pude saber o que era, na hora não doera, eu não pensava nada, só vinha em minha cabeça fugir dali, daquele lugar, me abrigar em um recinto seguro. Ouvi gritos, xingamentos embaralhados que não pude distingui-los, passos ao meu encalço, e o pior, pedido de socorro de Roberto. Aquelas lamúrias nunca mais sairão da minha memória, eu fui culpado de sair da balada, de entrar na rua com ele, eu não fui salvá-lo, eu sempre irei me culpar, sempre.
Corri o trajeto de volta até a balada, meu coração não batia, ele gritava, meu peito doía, minha caixa torácica parecia que viria a explodir, não conseguia mais reunir ar. Foi quando avistei o segurança, gritei sabe Deus como, “SOCORRO, PEGARAM ROBERTO, CHAME A POLÍCIA”, ele veio ao meu encontro e depois disso não vi mais nada, minhas pernas cederam ao nervosismo e cansaço, desmaiara.
No velório o caixão fora lacrado, tamanha era a deformidade de Roberto, quem o viu depois do ocorrido, quem teve realmente coragem de mirar ele, dissera que estava nu, com a pele toda cortada e roxa, um olho para fora, dedos atorados, uma horrível morte para alguém que apenas buscava sua felicidade e um mundo igualitário e melhor.
O mundo nunca terá espaço para todos, enquanto você acreditar que não somos iguais, enquanto você finge não ter preconceito, contudo é minado de ódio, enquanto você achar que nós precisamos de mudança. Quem deve decidir mudar é o indivíduo, e não as pessoas que o rodeia, se ele é feliz do jeito que nasceu, deixe-o viver assim. Você pode não acreditar, mas pode ser responsável por matar sonhos, frustrar corações, deixar órfãs famílias, assassinar mais uma alma esperançosa para viver!
Seja solidário, seja humano, respeite, não julgue!

Esta história é fictícia, mas podia acontecer com qualquer um, pense você ser massacrado, agredido por apenas ser diferente da massa? Você deseja isso pra si mesmo? Se não, por favor, não deseje pra ninguém, nós não merecemos o seu ódio ou julgamento.
Muito grato.

Heliaz dos Santos Shauon.

sábado, 16 de abril de 2011

Amar




Parece que não há coração que encaixe no meu.
Romances que há tempos se fora,doem, doeu.
Amor um dia esteve aqui, ao meu lado.
Evaporou-se, deixou-me ao relento, jogado.

Sento ao vento, ao nada, ao frio.
Quentes foram seus braços, me cobriam, aqueciam-me como fio.
Águas transparentes que formam embaixo de minha tristeza.
Oferecem-me banho, na melancolia, na frieza.

Seus olhos dizem que sim, suas atitudes? Não!
Amor supera tudo, mas não sei o que você sente,
Vence-se o lado de sua mente.
Diga que nunca irá me querer e que se vá então.

Recordo de amores correspondidos,
Bandidos,
Amigos,
Benignos.
Amores impossíveis,
Incorrigíveis,
Ininteligíveis.
Amores traiçoeiros,
Interesseiros,
Intimidadores,
Malfeitores.
Mas só teve um amor completo,
Amor esse que quase deu certo,
Venceu, por poucos momentos, barreiras inquebráveis,
Superou obstáculos incalculáveis.
Todavia inquebrável é impossível de se quebrar,
E o previsível oculto deixou se mostrar,
Que o amor nem sempre pode durar,
Porém nunca deixaremos, esse sentimento, iremos recordar, vivenciar,
Cada dia a se passar, e vamos nos lembrar que por breves momentos fomos capazes de AMAR.

Heliaz dos Santos Shauon.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amor.


Amor. Sentimento, transe, estado. É tão complicado definir, esse, conhecido popularmente como sentimento, mas que pode ser considerado um transe por estarmos desligado do mundo, ou estado, sua alma fica de uma forma dessemelhante por conta dele.
Como um teatro, é cheio de peças, das quais paixões são acaloradas e logo esquecidas, amores infindos, que duram até a morte, cumprindo a promessa dos votos, e aqueles não correspondidos, platônicos ou como conheçam, e nesse creio que muita gente tem experiência. Há aqueles felizardos, que ganham na roleta da sorte, e saí vencedor por achar um mútuo, contudo em todo jogo ganha um jogador por vez, ou uma minoria, o que é de praxe, e sempre ficamos no aleatório, esperando que nossa vez chegue, que consigamos ganhar aquilo que queremos, mas é quase impossível, muito tempo a se perder numa incerteza.
Porém chegamos à outra incerteza, se o amor é mesmo um jogo de sorte como dizem, por que não conseguimos desistir? Será o vício tão forte? Talvez o amor seja um jogo, todavia ele é complexo demais para só ser definido assim, ele é intrasferível, imutável, sublime e doloroso. Ele se torna tão vital e é tão essencial, inclusive para nosso bem, que não deve se considerar um vício, uma vitamina necessária talvez, algo como fome, do qual o organismo reage e nos obriga a saciar o estômago.
É tão filosófico o amor, e tão natural, uma pergunta incógnita que talvez não tenha resposta, o único jeito de desvendá-lo é simplesmente vivendo.
A sensação é tão intensa, quando renovados por ele, que é como se um mar de águas arrebatadoras nos submergisse, como se o corpo dissesse “ainda estou vivo, há um coração que bate”, e o metido açoita tanto que parece querer se mostrar para pessoa da qual quer atenção. Incontrolável, o amor subitamente vem e só vai quando quer, não adianta contar até dez, pedir pra não sentir, o impacto tsunâmico é irreversível. E as conseqüências, essa parte é engraçada: choradeira de felicidade ou tristeza, pulos, puxar a gola da camiseta, ter crises de soluços estranhos, bater palmas... O duro é quando vem tudo de uma vez. Aquele frio horrível na barriga que ao mesmo tempo trás prazer, aquele nó na garganta, aquele imã te puxando a pessoa, tudo isso é sinceramente incrível.
Toda forma de amor é válida, amor correspondido que é bem satisfatório, amor longínquo que é uma dádiva e até amor platônico, oras, se você sente o amor pode se considerar privilegiado, você é capaz de amar, quer felicidade maior que essa?
Amor, o divino, o puro, o legítimo antinatural, amor de pai, mãe, filho, irmão, amigo, amor do reino animal, há existente coisa mais linda do que ver seres inocentes demonstrarem pra muitos que se consideram humanos o valor do amor? Esse sentimento que entorpece seres faz parte de cada um, cada coração unido por esse belo estado, todos envolvidos neste transe unidos em uma corrente única de afeto, na gostosa sensação de ser amado e amar, no saber de ser único e ser amado pelas suas diferenças, estar nessa jogada que o prêmio é simplesmente e esplendidamente o AMOR!

O que é amor para você?

Heliaz dos Santos Shauon.

Blogger news