quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Nada sou
E venho eu de novo, desabafar com palavras escritas o que sinto já que ninguém me entenderia por meio do falar.
O Eu, como é difícel me entender, labirintos cruzam meu destino, minha vida é cheia de porquês, pecados e inseguranças. Tento ser uma coisa, mas logo sou outra, nada tem haver com a pessoa que sou em si, todavia hábitos e gostos são mudados constantemente, teses e teorias são recicladas a cada dia e uma luta incansável contra mim mesmo é travada.
A guerra interior me destrói por fora, me debilita, quase sempre o sono é uma solução para mim, meu corpo fica tão cansado da minha mente que se esgota. Isso realmente deveria estar acontecendo comigo? Questões tão fáceis são postas como horrendas, como tabus e caminhos sem saída se formam para mim.
Em uma sala branca, sem portas nem janelas, apenas eu e EU. Logo se apagam as luzes e meus olhos se acendem como um retroprojetor mostrando a mim mesmo quem sou. Mas como saber quem sou se sou tantos? Sou aquele menino que procura o rio de chocolate, árvores coloridas e nuvens de algodão-doce. Sou aquele moço rebelde, que enegrece seu visual e que cabelo comprido lhe cai bem. Sou aquele homem que procura alguém sério, que pretende construir seu caráter e ama o sossego. Sou aquela pessoa que se comove, se envolve com as pessoas e que cria laços de amizades intensos. Sou aquele ser pentágono. Sou aquele que acredita nos outros, aquele que ama sua pátria, aquele apaixonado por música, que tem o bobo jeito de ser, que ri do nada e de nada, aquele que busca o bem estético, aquele que você vê e não enxerga, aquele que segue o que os outros dizem ou que faz o contrário para ver as reações, aquilo tudo e mais um pouco de exatamente nada.
Heliaz dos Santos Shauon
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