quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Solidão


Momento tão ruim, fico sozinho, desolado, desamparado. A carência é imensa e a solidão é tão presente, a atenção não tenho e a preocupação nunca existiu. Só eu e o mundo, sigo caminhando, vagando sem rumo sobre uma imensa planície, talvez em busca de um amor ou fugindo dele.
Meus pés se calejam e ninguém pode me apoiar, me ajudar. Sento, e o vento vem me fazer companhia, bate forte sobre minhas madeixas que dançam uma música silenciosa.
No meio do nada encontro pessoas que não olham para mim, vivem em outro plano, sentem outras emoções, avisto também alguns na minha situação, mas nenhum tem forças para ajudar o outro ou a força que resta é poupada até o último suspiro da alma. A sim, a alma, suas mãos brancas celestes busca água, está com sede de amor, sua boca anseia por comida, precisa sentir de novo os sabores do bem, pois já provou do amargo e viu que não sacia sua fome.
Já o espírito busca o passado, se embrenha nas lembranças buscando restos de momentos felizes que possam nos motivar a caminhar, canta suavemente canções indecifráveis que só nosso coração pode entender, tenta reanimá-lo, mas o órgão do amor não se restaura e me deixa cada dia mais desolado na solidão.

Heliaz dos Santos Shauon.

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